É consenso que para um país ser considerado de fato democrático, dentre outros fatores, é essencial que haja uma cultura democrática estabelecida, o sufrágio universal e a participação política equânime de todos os indivíduos que a compõem. Contudo, no Brasil as mulheres, principalmente as negras, ainda não conseguiram o nível de representação política, condizente com a sua população.
De acordo com a Pesquisa Nacional de Amostras de Domicílios - PNAD 2019, as mulheres são maioria, compondo 51,8 da população brasileira. Todavia, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral – TSE, nas eleições municipais de 2020, dos cargos legislativos em disputa na mesma, apenas 16% das cadeiras eleitas foi de mulheres.
Também é relevante considerar que dos 33 partidos existentes no Brasil, somente 3 têm mulheres na presidência, o que mostra que apesar da lei de cotas, para mulheres, a representação está longe dos parâmetros de equidade.
Neste sentido é fundamental compreender e transformar esta hegemonia masculina de gênero na política, para que seja desnaturalizada e problematiza não somente no campo da Ciência Política e dos estudos de gênero, mas por toda a sociedade.
Fonte:
IBGE/PNAD, 2019.
Por Maria Gabriela Bastos
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