Podemos entender o racismo estrutural através do modo pelo qual se deu a composição preliminar das estruturas da sociedade, em termos de distribuição do poder simbólico e coercitivo das instituições sociais e das riquezas sociais produzidas, segundo critérios étnicos. No Brasil, este processo ocorreu marcado por mais de três séculos de escravidão, condicionando grande parcela da população à exclusão e violência.

Neste contexto, o racismo permeou a base estrutural de todas as instituições sociais e se tornou intrínseco a elas, refletindo as formas de desigualdades ao povo preto. Com reflexos na vida política, econômica e social do país.

A partir dessa reflexão podemos destacar algumas representações do racismo estrutural em nossa sociedade:

• Quantidade de reprentantes políticos negros. A representação política é de grande importância para todos os indivíduos. Quanta representatividade de suas vivências o povo negro tem no legislativo?

• Preconceito e injúria racial na sociedade e redes sociais. O crescimento e desenvolvimento das redes sociais e dos novos meios de comunicação trouxe diversos benefícios, mas como um espelho da sociedade, ficaram mais evidentes e indesejáveis, os atos racistas e discriminatórios veiculados e propagados pelos usuários.

• Cotas e acesso ao ensino superior. A escassez de estudantes pretos na universidade é outro fator que exemplifica a desigualdade racial causada pelo racismo estrutural. Como alternativa para políticas afirmativas, as cotas foram criadas para reparar parte dos prejuízos causados a população negra na sociedade e nesse espaço.

Por Andressa Gonçalves Santos

Fonte:
DE ALMEIDA, Silvio Luiz. O que é racismo estrutural? Belo Horizonte: Letramento, 2018.