É evidente que a política de desmonte do Estado já vem acontecendo há alguns anos no Brasil, em detrimento dos prejuízos que pode causar nos serviços públicos e do sucateamento da máquina estatal já tão depauperada, apesar da crescente arrecadação de impostos e tributos da população.

Determinados setores da sociedade não se preocupam com as demandas reais da população, e visam única e exclusivamente os lucros, mesmo em períodos de crise de saúde como a que vivemos com a pandemia da COVID-19.

Com as privatizações cresce a falta de acessibilidade das camadas mais populares aos serviços públicos e melhoria da qualidade de vida. A lógica neoliberal visa apenas o “livre mercado” como ser fosse um deus infalível.

É importante salientar que o processo de privatização não acontece do dia pra noite, existe uma política de desmonte dessas instituições públicas. O Estado negligência e desmonta – negando suporte, reforma, amparo e capital – para que pareça que essas mesmas instituições são insustentáveis, não conseguem se manter, e que a única solução para melhorar os atendimentos e serviços, seria colocar o domínio das mesmas nas mãos de grandes empresários.

Um exemplo de como o governo atua em prol do desmonte, foi a ação praticada no estado do Paraná, quando o governador usa o argumento da atual pandemia para divulgar determinadas previsões econômicas assustadoras, como cortar certos direitos dos trabalhadores, sendo um exemplo de desmonte administrativo.

Uma boa solução para evitar o desmonte do Estado e, consequentemente, as privatizações dos serviços públicos, seria em primeiro plano uma educação mais assertiva em volta desse assunto, a taxação das grandes fortunas – tendo em vista que o Brasil vive perdoando altas dívidas –, o realinhamento das funções do Estado conforme previsto na Constituição Fedeal e a transparência das contas públicas.

Por Gabriel Costa

Fonte: Desmonte dos serviços públicos: quem ganha (e quem perde)?. appsindicato.org.br