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VOCÊ SABE O QUE É JUVENTUDE? |
A palavra juventude possui vários significados por conta da construção histórica e cultural de cada país. O que dificulta uma única definição universal. Tentar encontrar um sentido do conceito juventude que sirva de forma genérica para as diversas nacionalidades, chega a ser de certa forma algo desrespeitoso com as particularidades de cada nação.
Essa questão fica visível com o pensamento de Juarez Dayrell, publicado na Revista Brasileira de Educação, ao escrever o artigo o “Jovem como Sujeito Social”, onde ele descreve, concordando com a ideia de Peralva (1997), que a juventude é ao mesmo tempo, uma condição social em um tipo de representação (p.41). As justificativas desta interpretação ocorrem porque cada país teve sua forma de lidar com os acontecimentos históricos e com suas características, ou sobre os fatores sociais próprios, que apresentam forte influência no desenvolvimento da compreensão e no imaginário sobre a juventude.
Muitos países tratam a juventude como uma etapa da vida em transição para a fase adulta e acabam encontrando dificuldades quando classifica a juventude, considerando apenas a idade, a exemplos em países do Ocidente que classifica o jovem até os seus 15 anos, os argumentos se encontram pautados através do desenvolvimento reprodutivo. Segundo os estudos da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura – UNESCO (2004), essas classificações muitas vezes descartam algumas atribuições necessárias para a compreensão das transformações dos jovens.
Desta forma, a noção que temos sobre a juventude é diversa, até mesmo, porque, os jovens de um mesmo país pertencem a vários grupos sociais, possuem condições diferentes, suas ações no enfrentamento das questões econômicas, sociais, biológicas e geográficas, é diversa, por isso a maturação de cada jovem é particular, dependente das suas experiências conforme o ambiente em que vive.
Por Jefferson Felipe Maciel
Fonte:
SOUZA, Candida; PAIVA, Ilana Lemos de. Faces da juventude brasileira: entre o ideal e o real. In: Estudos de Psicologia. Campinas, 2012.
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