Ao longo da história do Brasil, a evasão escolar tem sido um desafio persistente no sistema educacional. A formação dos períodos históricos da concepção pedagógica e das metodologias do ensino está diretamente relacionada às taxas de evasão.
Durante o período colonial, o acesso à educação era restrito a uma pequena elite, o que contribuía para altas taxas de evasão. A evasão escolar era baixa, uma vez que apenas a elite tinha acesso à educação formal.
No período imperial, houve uma maior preocupação em expandir a educação, surgiram as primeiras leis e políticas públicas voltadas para a educação, mas ainda assim prevaleciam altos índices de evasão, especialmente entre as classes trabalhadoras.
No período Republicano, houve uma maior preocupação com a educação pública e a democratização do ensino. A educação passou a ser vista como um instrumento de formação da cidadania e do desenvolvimento do país, mas ainda assim, a evasão escolar era alta, principalmente entre as camadas populares que enfrentavam dificuldades socioeconômicas.
Durante a ditadura militar, houve um incentivo à educação técnica e profissionalizante, o que ajudou a reduzir a evasão, mas ainda não solucionou completamente o problema. Com o retorno à democracia e a promulgação da Constituição de 1988, a educação foi considerada um direito de todos, o que levou a esforços para combater a evasão escolar e promover uma educação inclusiva.
No entanto, apesar dos avanços, a evasão escolar ainda é uma realidade no Brasil, exigindo a adoção de políticas e práticas pedagógicas eficazes para garantir o acesso e a permanência dos estudantes na escola.
Por: Raissa Evanuelle Rocha Almeida
Referências:
Guimarães, Simone Andréa Pozza. Evasão escolar e políticas públicas no Brasil: um estudo sobre a trajetória dos alunos evadidos do Ensino Fundamental. Editora Appris, 2018.
Neves, Leny Magalhães Mrech. Evasão e fracasso escolar: desafios para a educação brasileira. Editora Papirus, 2012.
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