A maternidade precoce é um grande desafio para o desenvolvimento sócio educacional dos jovens e na maioria dos casos contribui com a evasão escolar, entre outros fatores. Com a falta de esclarecimentos e a ausência de temas relacionada às questões sobre sexo, seja no âmbito familiar e até mesmo nas escolas, essa ausência de argumentos traz consequências problemáticas devido à falta de informação enfrentada pelos adolescentes, por esse motivo muitos projetos de vidas são interrompidos em relação aos estudos.
Alguns estudos elaborados pelo CIDACS apontam que entre os nascidos vivos de mães adolescentes, durante o ano de 2020, apresentavam maior concentração de mães nas regiões Norte (21,3%) e Nordeste (16,9%), seguido por Centro-Oeste (13,5%), Sudeste (11%) e Sul (10,5%). Os números são do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos, do Ministério da Saúde, e foram compilados no projeto “Gravidez e Maternidade na adolescência - um estudo realizado com 100 milhões de Brasileiros”, desenvolvido por uma equipe de profissionais do Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para a Saúde (CIDACS-Fiocruz).
Neste contexto, a falta de informação que os jovens enfrentam sobre o tema e as poucas estratégias de manutenção ou de reinserção destes jovens na continuidade dos estudos pode influenciar no abandono escolar por vergonha, preconceito e desconforto, e a volta acaba sendo adiada progressivamente e muitas vezes abandonando a escola como um todo.
Residente: Raissa Evanuelle R. Almeida
Referência:
SOUSA, C. R. O., et al . Fatores preditores da evasão escolar entre adolescentes com experiência de gravidez. Cad. saúde colet., v. 26, n. 2, p. 160-169, Rio de Janeiro 2018. Disponível em: . Acesso em: 09 setembro de 2020.
TABORDA, J. A., et al. Consequências da gravidez na adolescência para as meninas considerando-se as diferenças socioeconômicas entre elas. Cad. Saúde Colet. P. 16-24. Rio de Janeiro, 2014. Disponível em: . Acesso em: 02 de outubro de 2020.
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