Considerada a mãe fundadora da sociologia, Harriet Martineau é denominada como a primeira mulher socióloga. Foi uma importante escritora, economista e ativista feminista do século XIX, publicando ao todo mais de 1500 artigos para a imprensa, e embora tenha contribuído com importantes estudos para pensar a sociedades, as relações de genero e classes sociais, seu pioneirismo metodológico não teve o destaque merecido junto aos considerados os pais fundadores da sociologia: Max Weber, Karl Marx. 

Martineau desde jovem era uma leitora assídua, interessada em obras com a temática sobre política, religião, história, matemática, entre outros. Com o desenvolvimento da imprensa em 1830 Martineau começou a publicar contos sobre economia e política semanalmente, no entanto, ao adentrar na estrutura social majoritariamente dominada por homens, encontra inúmeros desafios, passando a publicar artigos anonimamente utilizando pseudônimos como o “Discipulus” ou “An Englishwo-cara”, além do fato que mulheres escritoras casadas não recebiam salário, mas a sua paixão pelo meio acadêmico, tornou secundária a ideia de afastar-se dos seus trabalhos para construir uma família, e consequentemente possibilitou que ganhasse salário.

 A mãe fundadora negligenciada da sociologia inventou os papéis sociais de gênero e desafiou o patriarcado no século XIX ao trocar o casamento e as atribuições sociais de mulher do lar pela caneta, pelo meio acadêmico. Abordando em seus estudos temáticas inovadoras sobre democracia ao criticar em sua obra ‘’Sociedade na América’’ o sistema político escravagista dos Estados Unidos, ou quando o sistema educacional e as desigualdades existentes entre homens e mulheres, defendia uma educação que valorizasse o elemento feminino. 

Por: Larissa Abreu

Fonte: https://www.scielo.br/j/soc/a/dbKpgD9CTHJHXmznyYkGWQn/

https://www.researchgate.netpublication356324245_Harriet_Martineau_1802-186_A_analista_social_que_inaugurou_a_Sociologia